Meu oxigênio virou o sonho da poesia que fiz discípulos
Com as letras construi castelos que formaram o meu grande palácio real
Construi palavras…
Construi a mim.
A menina esquisita, que passava horas sem saber o que ser
Na Igreja rezava, pedindo proteção para os monstros de si mesma
Olhava os passarinhos e sonhava que ainda podia voar como eles
Agora saí
Saí de mim!
Saí como uma lagarta em sua metamorfose
Virei borboleta
Cedi minhas asas ao vento
Voei pelo submerso mistério do mundo
Do mundo daqui
Do mundo de lá
Do mundo de pessoas
Do meu mundo.
Ainda sonho em ser melhor
Ainda sonho em ser o que sonhara há anos atrás
Ainda quero escrever, construir palácios com as palavras
Ainda quero fazer paz pelo ”por favor” ou ” obrigado”
Ainda luto pela educação desse mundo
Essa exacerbada desigualdade que se acabe
Não há diferenças entre meu corpo e o seu
Nossas almas contém os mesmos ingredientes
O que importa sua cor
Seu sexo aniquilado do prazer
ou ainda a maldade que o persegue
Assista seus olhos
Enxergue seu coração
Ainda sómos iguais
Pois a guerra já acabou.
Termina o blog não guria. from: Vander (sala rock terrachat)
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