segunda-feira, 25 de junho de 2012

Simplicidades da vida


Gostoso é ficar com quem se gosta, com quem se ama!
Independente da hora, do tempo
Se faz anos, meses ou dias…
Como faz bem ter uma conversa boa!
Sentir segurança ao dizer de cada frase
Sentir prazer em tocar uma mão, ouvir uma voz ou ler uma mensagem tão esperada.
Olhar um sorriso de criança!
Gostoso é não ver a hora passar quando se está em boa companhia
É ver o dia clarear, escurecer
Admirar o fim da tarde junto do seu céu amarelado.
Ah!
Como é bom viver bem
Sentir-se em paz
Acostumar-se com suas manias e desmanias
Dormir no escuro e quando tiver medo, acender a luz do abajur.
Tomar banho quente e deixar cair no finalzinho um pingo d’água gelada fazendo todos os pelinhos do corpo se arrepiarem…
Que gostoso é viver!
Gritar, rir, acreditar em si… Contrariar quem não acreditar…
Transmitir amor mesmo sem receber…
Trasmitir paz mesmo sem querer…
Trasmitir doçura…
Lançar sorrisos, abraços…
Encontrar um alguém que complete sua alma,
Que entre em sintonia com você, com o mundo, com o tudo!
Viver é assim…
É estar vivo mesmo sabendo que irá morrer
É ter um Deus
É conhecer-se a si de forma desajeitada
É conhecer os outros de um jeito especial.
Viver é assim…
Só com reticências
Sem um ponto final…

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Não quero falar de amor


Dúvidas, inseguranças, frio… juntam-se no medo de viver e meu coração - já calado por sentimentos e palavras repetitivas - prefere não se abrir, deixando a realidade das coisas se fazerem onipresente , decapitando todos os restos de sonhos que ainda tenho em mim.
Tem dias que nosso corpo não respeita nossa mente. Dá Vontade de se enterrar dentro de si, dentro do seu mundo (no qual, por lei, nunca se deveria sair).
Faz frio aqui fora, faz frio em mim. Comparo-me ao mundo de forma proporcional.
A temperatura do mundo caiu, junto com meu eu, já largado por mim desde então.
Vivo numa constante loucura entre minha alma e meu corpo.
Qual será de maior importância?
No lado da alma - já um pouco abatida- ainda existe esperança e um pouco de insistência pra viver e conseguir seguir.
Porém, no corpo, a insegurança faz moradia constante em cada olhar dado no exterior de tudo.
O problema do erro será causa do excesso de dúvidas?
Tenho dúvida de tudo, quiçá, até de como nasci, dessa junção entre alma e corpo.
Sinto como se houvesse duas opções para tudo.
“Como seria melhor comer: De garfo ou colher?”
Porventura, seria melhor ficar com fome e deixar esse assuntos complexos de vida pra depois.
Tudo é em vão.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quero tudo de novo


Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais. Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes, ler mais. Sair mais. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Quero ser feliz, quero sossego. Quero me olhar mais. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais. Não quero esperar mais. Quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero ousar mais. Experimentar mais. Quero menos "mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais. E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.


Fernando Pessoa.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Todos nós, humanos, em geral somos estranhos...

Olhe para nossos rostos, somos uma espécie de super-população e ao mesmo tempo já quase em extinção.Temos gostos esquisitos, exóticos, caóticos…Fazemos coisas ou dizemos palavras que nem mesmo admitiríamos dizer ou fazer. Somos furados e jorramos água pelo olho quando algo ou nenhuma coisa nos acontece. Imagine o sofrimento das outras espécies que convivem conosco? Ter que aturar seres estranhos, com hábitos porcos e cheiro ruim. No fundo, todos somos sujos. Seja de alma ou externamente. Uma vez, meu professor de Biologia me disse isto: ” O ser humano é porco.” E quer saber? Foi a mais pura verdade dita. Alguns se maquilam, perfumam-se pra disfarçar a sujeira, mas, no fundo, aceitemos…  temos o  mesmo cheiro que aquele morador de rua… Pois é, ser porco necessariamente não é uma coisa tão ruim… Olhe bem, todos somos! Aliás, a nossa  porquice  é tão grande que não conseguimos conter somente em nós e acabamos compartilhando no meio em que vivemos. Compartilhamos com a natureza, os bichos…. e ainda por cima, insistimos  em dizer que ” o mundo é poluído”. Poluído somos nós que tomamos banho pra disfarçar a sujeira da alma. 

domingo, 10 de junho de 2012

Sem motivos


Não há motivos para sermos como sómos, ou talvez até haja.
Às vezes tento ajudar as pessoas, mas parece que elas sempre acham que eu não quero ajuda-las, quer dizer…Ajudar realmente, de verdade. Nem sempre há uma segunda intenção pra tudo.
Hoje eu não tenho vontade de escrever, ou talvez até tenha, mas esse frio maldito me causa uma súbita preguiça de pensar.
As vozes da minha alma já gritam por socorro…Alguém poderia me salvar aí? Um super-homem, homem aranha…Seja lá quem for ou simplesmente que seja você?

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Benevolência de um ser comum



Meu oxigênio virou o sonho da poesia que fiz discípulos
Com as letras construi castelos que formaram o meu grande palácio real
Construi palavras…
Construi a mim.
A menina esquisita, que passava horas sem saber o que ser
Na Igreja rezava, pedindo proteção para os monstros de si mesma
Olhava os passarinhos e sonhava que ainda podia voar como eles
Agora saí
Saí de mim!
Saí como uma lagarta em sua metamorfose
Virei borboleta
Cedi minhas asas ao vento
Voei pelo submerso mistério do mundo
Do mundo daqui
Do mundo de lá
Do mundo de pessoas
Do meu mundo.
Ainda sonho em ser melhor
Ainda sonho em ser o que sonhara há anos atrás
Ainda quero escrever, construir palácios com as palavras
Ainda quero fazer paz pelo  ”por favor” ou  ” obrigado”
Ainda luto pela educação desse mundo
Essa exacerbada desigualdade que se acabe
Não há diferenças entre meu corpo e o seu
Nossas almas contém os mesmos ingredientes
O que importa sua cor
Seu sexo aniquilado do prazer
ou ainda a maldade que o persegue
Assista seus olhos
Enxergue seu coração
Ainda sómos iguais
Pois a guerra já acabou.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Enlouqueça sabidamente

Enlouqueça sabidamente.
Sonhar é estar na constante realidade de si. Minha soberba lucidez já não me deixa viver aqui. Queria pegar carona pelos ares, voar com gaivotas e conversar com a Terra porque diabos ainda existe gente vivendo somente aí.
Há prazer em se restringir a um só lugar? Nesse vero mundo putrificado, coberto de opções e dúvidas,onde os desacreditados, tão bem armados, espalhando tristeza por aí, são chamados de forte.
Forte? Porque?
Um dia todos os problemas caem, as águas desabam e o dilúvio desarmônico acontece. Aprenda com o já repetido e explore suas dúvidas com veracidade. Busque em meio de chuvas um céu para se viver.
Respire!
Desafogue, Se afogue.
Reverencie!
Seja isento de qualquer orgulho.
Vivencie!
Ajude e seja ajudado.
Ame!
Mesmo sem ser amado, mesmo sendo amado.
Extrapole, Se arrependa…
Reze.
Reze nos dias ruins, nos dias bons.
Acenda velas, faça promessas, descumpra algumas…
Desafie, Lute! Prove que é capaz, aceite os desafios. Aceite a vida!
Transcenda sua alma…
Beije! Beije homem, beije mulher…
Viva com os defeitos que há em si.
Ainda que não saiba, são as coisas ruins que nos diferenciam e ainda que absurdo, é por ela que vivemos.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Demasias de palavras


Que coisa ruim carrego no peito
um vazio que já me atormenta sem porquê…
Esses gigantes da terra, me jogando para o lado
me sinto perdida aqui,
Cadê meu mundo?
Onde os sonhos são verdades
Onde a poesia é sem fim, onde um abraço não é pedido, onde a tristeza se encerra antes mesmo de começar.
Onde está a minha verdade que tanto procuro? Onde estou Eu?
Ando tão perdida, sozinha e sem cuidados.
Por fora, sou gelo
por dentro derreto fácilmente.
Meus carinhos se foram para nunca mais voltar…
Sinto asfixia de dores que não sei o nome, sensações submissas de uma revolta sem fim,
Meu coração cada vez bate mais devagar…
Tum…
Tum…
Tum…
Meu corpo se extremece, como se houvesse uma convulsão de pura disritmia.
A luta passou a ser contra mim mesma.
Meus pais já não sabem mais quem sou, me isolei do mundo de pessoas, agora pago um preço sem saber.
Quis ignorar o amor sem ao menos Amar, Quis acreditar em sonhos sem ao menos sonhar, Quis acreditar em mim mesmo sem fé.