domingo, 1 de maio de 2011

Dois Mundos

eito de chegadas e partidas
de horizontes oblíquos que somem em retas.
Assim somos quando os vemos indo embora.
De marcas em nosso mundo
em espelhos semiapagados
em vózes nunca ouvidas.
No desejo de tocar pela primeira ou última vez
nas palavras que soam como uma carícia
na noite de sono que os trazem de volta.
Feito de momentos em que a solidão era só uma palavra.
Sentimentos anexados ao dia comum
ilustrados no sorriso não visto.
Guardados dentro de um sentido confuzo mas verdadeiro.
Assim somos quando os vemos indo embora.
Quando o melhor momento deve ser esquecido
na hora em que mentimos que tudo vai ficar bem.
É como a criança que sabemos que vai crescer
que vai viver e que vai partir.
Pessoas únicas que chegam de repente
mas que chega a hora de seguir em frente
para onde não podemos seguir junto.
Dois mundos
Desejos perdidos
Palavras que traduzem toques
Assim somos quando os vemos indo embora
E nossas mãos não podem alcançá-los
Por que já escolheram sua estrada.

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