domingo, 1 de maio de 2011

Ao som

A noite chega em silêncio
E retiro meu objeto de cordas da parede
e dele faço minha vóz ecoar como um suspiro
A cada toque dedilhado em trastes
a cada acorde soado ao quarto
sinto um alívio que me oferece paz.
Permite-me fazer sol frente a tempestade
e abraçar o vazio que cobre a ausência.
E as cordas dançam em compasso
e o som ao chão e ao céu vira poesia.
Elas dizem-me sobre meu sorriso inventado
e sobre as lágrimas que só escorrem em palavras.
Contam-me sobre mim, em sí, sem dó.
Flagram-me tentando saber quem sou,
que eu mesmo descrevo sem hoje saber.
Um meio de tentar esquecer,
em um canto de saudade e lembrança.
Interpretando para minha alma expectadora
a canção que se faz de minhas próprias mãos,
assim como tudo que elas tocam ou destroem.
Divido em partes acústicas e distorcidas,
partes de tí, partes de mim, partes de nós.
E mais uma vez, a canção chega ao fim,
e aos poucos, levemente os pés tem de voltar ao chão.

Um comentário:

  1. Minha lindaaaaaaaa adoreiii seu post Ao Som
    Perfeito...
    vc e mto meiga .... tem talento pra caramba
    super beeju
    So seu fã
    Skisito Caldas

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