sábado, 14 de janeiro de 2012

Re/Compondo

Tempo de silêncio

Observando as verdades que se calam

Cantando as canções que saem de um dia a mais.

Em busca de novas notas a tocar

Ou ser tocado à melodia de um novo sol.

Inspirando a quietude ao direito de nada dizer

E em sí, sabendo os acordes de mim.

Tanto tempo, em sustenidos sem sustento

Tantas claves clamando por calma.

Enquanto lá no fundo, o abafado de notas grita

Em um semi tom sem frequência, esquecido.

Na pauta, o agudo da sonoridade não mais ouvida

Tornando-se grave a ausência de harmonia.

Orquestrando o vago da platéia

Ecoa pelos cantos uma nova música

Sem som, sem tom, sem vóz...

Mas de imensa razão e verdade.

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