quarta-feira, 29 de junho de 2011

Demônios de Bolso

As palavras existem para descrever e ao mesmo tempo para ludibriar. 
Elas nos encantam quando fantasiam nos emocionam quando são marcantes, 
mas também tem o poder de ferir. 
Palavras fazem o mundo girar, rodar, flutuar ou explodir. 
A revista, o jornal, a bíblia ou a música... 
Ela está presente até mesmo em bocas mudas. 
Quando procuramos a palavra certa para dizer 
acabamos por encontrar a palavra errada para ouvir 
e o silêncio torna-se concreto e sólido. 
A palavra fala, a palavra assina, a palavra mata. 
Muitos não falam diabo, muitos falam muito Deus, 
Outros preferem nem falar. 
Eu te amo, eu te odeio! 
Venha para meus braços, vá para o inferno! 
Bêbados, drogados, homossexuais... 
Rico, belo, bem-sucedido. 
Palavras nos classificam e nos sentenciam. 
Não importa o quanto impactante seja uma palavra 
ou o quanto mórbido ou insignificante seja o motivo de sua pronúncia, 
ela sempre terá um significado e um motivo para ter sido dita. 
Por isso não posso jamais aceitar palavras ao vento ou palavras em vão.

sábado, 18 de junho de 2011

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Tem horas que toda essa coisa ruim que estou sentindo chega ao seu limite.
Muitos acreditam que sou forte o bastante pra aguentar tudo isso... Mas será mesmo? Será que aguento tudo isso? ...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

E a bailarina dançava
Alheia aos olhos do mundo
Seus pés flutuavam
Num triste padecer profundo

Na suavidade de sua dança
Inquietava os presentes
Com olhos ainda afoitos
E um sorriso descontente

Em movimentos ritmados
Entre saltos e piruetas
Abria os braços delicados
Como asas de borboletas

E na dança coreografada
Sua mente vagava
Em um breve amor distante

E nos passos já marcados
Seguia seu destino traçado
Com sua memória inquietante

...

Numa manhã estranha,
Lá estava eu a olhar o fim
E eu simplesmente não me via lá.
Ele estava além de mim.

Como num conto de fadas
Com um final invertido,
Meus castelos foram caindo
E o final feliz foi esquecido.

Caindo sobre os escombros
Da história de minha vida,
Fui mais uma vez me refazendo
De uma lembrança perdida

Numa poesia de versos vazios
Num mar de agonia sem sentido
Meus argumentos se perderam
Sem ao menos serem ouvidos.

E em algum lugar, estava a verdade.
Gravada com o fogo dos desesperados
Que me diziam coisas tão certeiras
Através de alguns escritos desvairados.

Então suba..

“Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, eles estão errados... Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore."
 Machado de Assis