quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
O fim ou começo
"O som do rádio de manhã já tocava, levantava-me junto com a preguiça do dia… Sabia que da cama só levaria o sono. E assim, ia me guiando até o banheiro, me despi e assim no chuveiro entrei… Ah! Agora o dia ficou um pouco melhor. Lavei a cabeça, e logo saí. Sentei na mesinha do computador e resolvi ver as fotos da formatura. Nossa! Quanto tempo já se foi… O sol continua o mesmo, mas nem tudo está no lugar. O tempo passa tão depressa, e eu que achava que essa frase era tão clichê, comecei a ver o seu real significado. Ao me olhar no espelho, vejo as minhas olheiras marcando cada vez mais. Não tenho mais tempo. E se o mundo, de fato, se acabar mesmo… O que eu fiz até hoje? Bem, não vivi como queria, nem curti todas as baladas da minha vida, não conheci todos os lugares do mundo, não peguei aquele bronze, não beijei o cara que amei, nem ao menos aprendi a fazer aquela torta que tanto gosto… Não morrerei magra, rica e nem bonita. Mas, vivi do meu jeito. Fiz bem a quem amo, sorri nos dias tristes, superei alguns desafios, tive amigos do peito e meus pais ao meu lado. Fiz o bem, mesmo que em pequenos gestos. Vi o pôr do sol, fui à cachoeira, rezei, fiz promessas… Vivi 16 anos da minha vida somente aprendendo. E me pergunto se ainda queria fazer mais alguma coisa? Sim, claro que queria! Mas, se o mundo não acabar, ainda afirmo… Continuarei vivendo do mesmo jeito."
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Severinar
"O mesmo ônibus
leva o trabalhador
e o estudante,
pega a doméstica
e o doutor,
tem os mesmos pontos
para a menina
e o senhor.
O coletivo
não distingue as classes
amontoa em pé
todas as faces.
Mas pagar pra quê,
se é de má qualidade?
Ô cobrador!
avisa lá o prefeito
que não importa nosso jeito,
rico ou pobre
merecemos respeito.
Não somos sardinhas,
não dá pra soltar 6 por dia,
por esse serviço porcaria."
leva o trabalhador
e o estudante,
pega a doméstica
e o doutor,
tem os mesmos pontos
para a menina
e o senhor.
O coletivo
não distingue as classes
amontoa em pé
todas as faces.
Mas pagar pra quê,
se é de má qualidade?
Ô cobrador!
avisa lá o prefeito
que não importa nosso jeito,
rico ou pobre
merecemos respeito.
Não somos sardinhas,
não dá pra soltar 6 por dia,
por esse serviço porcaria."
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Você
❝
Eu poderia ter escolhido qualquer uma das opções de fácil acesso. Poderia ter escolhido o mais bonito da cidade, que todas desejam, e que estava com suas atenções voltadas para mim. Podia ter escolhido o bem sucedido, que já está com seu plano de carreira encaminhado. Mas não, todos eles eram fracos demais. Ou comuns demais. Eu escolhi você. Com todas as dificuldades, todos os problemas e sim, a famosa distância. Quantas vezes a gente já não escutou isso na vida, não é? Quantas vezes não ouvimos que a distância separa, a distância une, a distância isso, a distância aquilo. Eu escolhi você, e escolheria você se me perguntassem mil vezes. Talvez, se me perguntassem um milhão de vezes a minha resposta não seria diferente. Eu escolhi você porque você conseguiu, mesmo sem perceber, despertar um lado meu que eu já não conhecia mais. Eu sempre fui doce. Só não me lembrava mais disso. Eu sempre me importei com o outro, sempre quis o bem de todo mundo. Só não lembrava mais disso. Você me fez voltar a ser quem eu sempre fui, mesmo sem perceber. Você foi capaz de lentamente me despertar pra felicidade de novo… Eu nunca sei ao certo nada. Desculpa, eu sou indecisa. Mas não sou indecisa quando o assunto é você. Milhões de declarações de amor são ditas todos os dias, e eu não quero me declarar. Isso é uma constatação. Constato que você é especial demais pra mim. O amor é feito no dia-a-dia, o amor é feito na estranha convivência que nós seres humanos temos. Quero conviver com você, se é que você me entende. Quero seus defeitos e suas qualidades. Quero cada dia mais me apaixonar por você. Como tem acontecido todos esses dias…
sábado, 1 de dezembro de 2012
Intenções
“
E que todas as boas intenções que pairam, utopicamente, sobre dezembro tornem-se um dia, de fato, realidade. Que todas as luzes que brilham frenéticas nessa época do ano sejam luzes no fim do túnel e sirvam como direção a quem de guia necessitar. Que os ventos que predizem a chegada de mais um ano sejam os bons ventos perfumados da primavera e que, nesse período, desabrochem junto às flores os nossos melhores sentimentos! Vem dezembro, vem manso, toca teus sinos em sintonia com o pulsar dos corações enfastiados, faz dessa melodia um acalento a quem pouco ou nada crê na vida, renova a esperança em quem espera um dia ‘o milagre’ acontecer. Seja esse milagre! Que o Natal seja mais que uma troca de presentes e comida farta, mais que um bom e esquecido velhinho descendo pela chaminé, que seja fé. Somente fé. Seja muito bem-vindo, senhor Dezembro! Pode entrar, a porta está aberta! E que esse mês seja aproveitado como o último. Não só do ano, mas de nossas vidas!!
Caio Fernando Abreu
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